Agora que voas
e que deixaste em paz os teus 12 leitores
agora que desapareceste como o teu cão
sem mais palavra
e mataste essa ideia perigosa de publicares livros
agora que és livre de todos os empecilhos
de todas as máquinas que te comandavam o corpo
de todas as âncoras
de todos os portos
de todos os barcos
de todos os mares
agora que és maravilhoso e atmosférico
agora que as nuvens fazem com teus dedos
frase no céu que ninguém lê
agora que o teu peso se resume
ao de uma pluma celeste
numa folha de tempo
ou a uma simples torção do vento que sonhando
tudo divide e multiplica
tudo divide e multiplica
agora que tudo é exponencialmente nada
mistério mais límpido que a mais pura luz
agora sim
tu és escritor
e já podes falar.
4 comentários:
escritor, confessa-se!
abraço
É sempre bom banhar mo nos numa poesia tão bela... tão inspiradora.
Sigo e e voltarei... sempre!
gosto do veredicto
um beij
.
.
. agora . como sempre . curvo.me .
.
.
Enviar um comentário