22 de novembro de 2010

Improviso


Hiroshi Teshigahara - "The Women In The Dunes"


Se morrêssemos de improviso

Atravessando todo o amor do mundo sem tropeçar em ninguém

E queimássemos as histórias que não existiram

Até que a verdade bastasse à boca

E as águas feridas dessem a sua dor

Como esmola á carne do esquecimento

Quanto encontraríamos de nós

E quanto sobraria para desaparecer

Até sermos eternamente

Um.

4 comentários:

Graça Pires disse...

O melhor é amar o improviso de viver. Um belo poema mas melancólico...
Beijos.

Vivian disse...

...viver não é um eterno
improviso?

bj, poeta!

Vivian disse...

...querido Carlos,
obrigada pela visita
em meu canto, e eu continuarei
querendo desvendar esta
profundidade que vejo
em teu olhar!

bj

... a cada instante ... disse...

Li. Reli. Fiquei a pensar. As tuas palavras são pura essência, a verdade da verdade.

Profundo.Bonito. Estonteante.
Gostei muito. Como sempre :)

Abraço.