Poderia construir
na desmedida paisagem
que atravessa toda a inocência
um edifício
para nascer outra vez
onde me visses
desarrumado de aprumos
com as mãos salgadas
e a pele inacabada
a tentar vestir o corpo
inutilmente
porque não tenho roupas quando escrevo
6 comentários:
um edifício
para escrever sempre
outra e outra vez
muito bonito!
desmedida em beleza a paisagem de tua poesia.
abraço, caro Poeta.
Belíssimo!
Uma nudez que se aproxima da perfeição.
Acho que é assim que devemos escrever, sem casa, sem roupas, despojados...
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. des.medida.mente belo . pueril . e tão sereno .
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. um abraço .
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Muito bonito!!
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