4 de outubro de 2011

O Mundo



Entre os lábios

que sabem o meu nome

eu e tu

sobre os lençóis da tarde

vem o corpo apertar-se ao poema

a língua na pele é um pormenor

com ela entramos

escrevemos

nesse corpo extraído

não à carne violenta do abraço

mas ao abismo suspenso da ferida

entre os lábios

que são dos astros as raízes da noite

e os alicerces do dia

dormindo fervilhamos

com as folhas que de sonho ardem.

2 comentários:

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

e é tão bom saber um nome...

poema sensual...

gostei!

beij

Manuel Veiga disse...

vibrante em sua sensualidade terna...

abraço