"Caramel" - Nadine Labaki
Por outro lado a sombra Contrapeso dos ossos e da carne com os seus nós de marinha avisada do mau tempo o nojo e a insónia para cortar à dentada o tempo aberto à boca da desolação poderia ser uma praia para escorrer a palavra errada carícia penetrante e funda por dentro Se alguma vez regressasses para seres quem sonhas ser Compreenderias o luar partido pela cintura E o país de clepsidras destruídas onde atravesso a rua como um gato marginal As águas que surgem dos bolsos rotos das nuvens Movem as sombras paralelas aos rostos Alimentam a noite por dentro veleiro breve e luminoso baunilha piano fantasma e engrenagem Sexo de espuma partida contra a praia sem nome e sem pressa A pele exposta á evidência das horas inquietas Digo ás minúsculas contracções do coração convém O mais alto céu dos que se despem em flor e desassossego.
|
1 comentário:
Já lá vai muito tempo que não escrevo, mas agora voltei. deixo convite sofialisboa
Enviar um comentário